Março 2006

Apesar de incorrer no pecado de utilizar chavões estereotipados, não deixo de afirmar que a experiência da vida é uma aventura que só se atinge o objectivo, passando por um longo percurso de tentativas e erros. Erros esses que nos fazem aprender, a melhorar, a ser mais lúcidos e maduros.

Bater com a cara na porta e uma lição que dói, mas é uma lição necessária. Sem o erro, o logro, o insucesso, não somos capazes de acordar do país dos contos de fadas e procurar na profundidade do nosso ser o melhoramento e o rejuvenescimento necessários para que não nos tornemos em algo de oco.

Nem tudo são rosas, mas também, nem tudo são espinhos. Por cada prova de obstáculos, vislumbra-se uma meta e um pódio que nos aguardam. E por essa meta, onde todos que a cruzam têm medalha, vale a pena correr.

Em determinados períodos, vá-se lá saber porque carga de água, sou demasiado propenso a letargias cíclicas. O facto que não escrever estas últimas semanas aqui apesar de uma enorme vontade é disso um exemplo acabado de como sou um ser bastante inconsistente para com os meus pequenos prazeres.

Desculpas aparte, estes últimos dias têm sido propensas a fait divers que me recordam de algo verdadeiramente excepcional: a vida tem inúmeras surpresas e quando julgamos que o planeta terra já rolou tudo que tinha que rolar para nós, eis que algo faz com que mergulhemos na máquina de lavar a roupa em pleno ciclo de centrifugação.

Acho que são as pequenas-grandes diferencias que nos recordam que a Vida tem sempre um V maiúsculo e que o deus das pequenas coisas está presente para nos dar momentos únicos de beleza e êxtase. Basta que tenhamos a alma aberta para abraçar novas aventuras.