Outubro 2012

São tempos em que a crise económica se abateu definitivamente sobre os pobres lusitanos. Estamos numa perlongada falência política e financeira, ou pelo menos, fez-se luz para todos como nós portugueses andaramos a inconscientemente cavar a nossa própria sepultura. É exactamente agora, nos tempos de carência que se torna imperativo sair do espiral consumista e de ausência de valores que nos levou a onde nos encontramos.

Não quero falar nos mil erros de desenvolvimento, desperdício, de despesas descontroladas que levaram a uma divida soberana do estado português insuportável, nem a toda a conjuntura negativa , ou problemas estruturais crónicos. Do mesmo de sempre não serve de nada falar. A crise económica foi sempre um tema permanente em Portugal. Salvo raros intervalos contra cíclicos estamos em crise. Por isso milhões de luso descendentes estão espalhados pelo mundo. No meu ponto de vista crise é o nome do meio do português. Nada de novo aqui portanto.

O problema presente é a meu ver muito mais grave. O que tem uma nova crise, aquilo que está verdadeiramente falido não é a economia portuguesa mas sim a nossa pobre democracia que a meu parece estar a prazo.