Abril 26, 2002

Que preguiça! Sol e calor e desperta em mim uma faceta algo alentejana ou cearense que há muito tempo não tinha o direito de desfrutar.

É muita fruta e reconheço que estou algo cansado. Não me posso dividir em mil frentes de batalha e em milhões de escaramuças, que vão desde o campo profissional, com questões familiares, passando pelos meus hobbies, amizades e social life e questões amorosas.

Nestes dias a minha vida é como um acordeão ou gaita-de-foles, que emitem sons contínuos sem interrupções. Preciso de um período de retiro para recuperar folêgo, armazenar energias, e cuspir na cara do Tempo, da Pressa, e da Rotina.

É como pontapear e esmurrar a cara à Morte e sentir os seus dentes quebrarem, rangendo de dor.
Quase apetece gritar:


– NÃO ME VENCERÁS MORTE-
– JÁ UMA VEZ ME ABRAÇASTE –
– E SENTI OS TEUS LEVES LÁBIOS –
– ÉS AGORA A MULHER FATAL QUE JÁ DESFRUTEI E QUE PERDEU A GRAÇA –
– RIO-ME NA TUA CARA DOCE MORTE-