Julho 23, 2003

Estou algo apático em relação a uns desafios que se me deparam. Acho que a ignição ainda não se fez sentir, apesar de tudo aparentar estar a encaminhar-se para os seus devidos eixos.

Voltar a ressuscitar a falecida D. e provar que a sua flat-line cardíaca é apenas ilusória é um desafio complexo, mas que abraço voluntariamente com prazer.
Foi na D. que até hoje trabalhei com mais prazer, com um sentido de responsabilidade e empenho que nunca tinha suspeitado em mim, até ao seu descarrilamento nas incongruências e lutas palacianas do Passado que levaram a um hara-kiri agonizante e longo, depois do meu bater da porta. Fora as envolvências maquiavélicas do seu final, aprendi os prazeres de trabalhar em equipa com A. e R., quase sempre para lá do limite do dever, por uma causa nobre e também pelo bichinho de escrever sobre o que gostavamos. Era a menina dos meus olhos e hoje, apesar de não ter as expectativas de recriar aqueles tempos áureos, gostava de lhe proporcionar um destino honesto que a D. sempre mereceu.
O futuro ditará a sua sentença num presente em aberto sem sombras de Passado.

Entretanto Dr.P. volta à America do Sol, e sem o saber vai aterrar directamente na maior festa do mundo nesta data. É um gajo sortudo e estou roído de inveja. Se o soubesse teria movido mundos e fundos para o acompanhar.