Agosto 2003

juntas

Recordo um texto de um manual escolar. Era ainda criança e o texto apesar de simples motivava alguma subjectividade poética em crescimento.O texto falava na noite escura e da borboleta que encontrou um luz forte irresistível, longínqua e tentadora.

A luz brincava e dançava, hipnótica chama pela borboleta que esvoaçou ao seu encontro, levada pela beleza da luminosidade no meio da escuridão. A borboleta estava confusa pois nunca tinha visto nada de tão belo na sua efémera vida e num impulso seguiu aquilo que de mais belo vislumbrava no negro da noite.

Aproximou-se rapidamente num voo gracioso e à medida que se aproximava, rodopiava feliz, pois aquele branco amarelado subia de intensidade, apagando os resquícios de sobras e de negritude que imperavam na noite. Cada vez mais a luz da chama brilhava mais intensamente e o seu calor fazia-se sentir terno e acolhedor rompendo com o frio nocturno.

A borboleta feliz e ofuscada, já extasiada, não podia deixar de voar em direcção àquela sensação que a enchia de prazer, deslumbrada pelo brilho cintilante e pelo calor que emanava a chama.

O texto terminava, não me recordo concretamente como. Talvez a borboleta queimasse suas delicadas asas nas chamas da vela, talvez louca insistisse em embater no vidro do candeeiro num frenesim de demência. Prefiro pensar que a bolboleta mergulhasse na luz, embebida em prazer, abraçada pelo branco e o calor que emanaria também. A borboleta tornar-se-ia também essa luz, essa chama que a atraiu tanto.

a visão do Hubble sobre Marte

Marte é o arauto da revoluções, ele evidencia a força e a energia possantes e quase inesgotáveis mas sem a cadência positiva de algo construtivo. Marte, tal como na mitologia latina, é o deus da Guerra, fulgurante e impiedoso com seus inimigos num campo de batalha, capaz de um enorme poder.
Infelizmente o seu poder e energia nem sempre são equilibrados, caindo muitas vezes na cegueira e na ansiedade para obter os despejos da batalha. E uma força enorme mas nem sempre lúcida.
Transpiro, cansado mas batalhador. Talvez seja influência de Marte.

Pôr do Sol sobre a igreija de Aldona, Goa

Há já algum tempo que tenho vindo a aproximar-me de uma filosofia oriental, perscrutando o intimo e o espiritual, pressentido mudanças no meu ser e na minha maneira de ser.

Cada vez mais estou atraído pela ideia de ir até ao sub-continente indiano para sentir na pele alguma sensação de espírito mais elevada e menos retorcida pela realidade quotidiana ocidental, no enorme corre-corre instantâneo. Acho que a minha caminhada infrutífera durante muitos anos, da ilusão da vida de deitar foguetes festivos, Life is a cabare, está defenitivamente enterrada e esta num rumo de crescimento emocional e humano.

Depois de rever a América do Sol necessito de dar outro passo, talvez mais brando e profundo para despertar, em mim, a plenitude de um desprendimento maior dos vícios e preconceitos que mancham a nossa existência. Quero abrir ainda mais os meus horizontes, ir até um local da nossa consciência que está velado e adormecido mas apenas deseja ser despertado.
Para não ser demasiado brutal e chocante esta diferença cultural e de valores, antevejo a aportuguesada Goa como destino mais simples para um ocidental não ficar catatónico e sentir toda a força bruta do embate frontal num cérebro ainda acomodado.

Resta-me agora contar os cêntimos, poupando aqui e ali e esperar que as minhas finanças tenham estamina para esta expedição extremamente cara. Falta-me um bilhete para Goa.

Estou a reaprender um hábito perdido. Comprei uma máquina fotográfica digital, para compensar o extravio da minha máquina compacta no Aeroporto de Madrid em Abril. O artificio de captar um momento, um sorriso, uma pequena visão ou promenor do espaço físico tem para mim um intenso fascínio.

A fotográfica imortaliza um momento, uma sensação ou uma emoção visual que não se pode transmitir por palavras devido à sua perfeição. As palavras e as frases são imperfeitas para descreverem conceitos ou sensações tão elevados ou circunstanciais que se perde a essência em rodeios linguísticos na tentativa de alcançar o que não é alcançável. Por isso, e apesar de ter sido sempre um fotografo de meia-tigela, tive sempre o gosto de disparar aquela captação do eterno.

Eu nunca gostei dos meus retratos fotográficos. Não sou daquelas criaturas fotogénicas que sabem embelezar-se perante o momento que vai ficar suspenso no tempo graças a uma fotografia. Fico sempre com um ar artificial em que não me revejo, como se a minha essência não tenha tradução visual, ou a minha alma tenha uma irreverente repulsa por ser roubada pelo fotógrafo. Desde pequeno que fujo às fotos como o demónio da cruz, só consentindo tal coisa quando me é impossível dizer “não”.

Espero em breve ser capaz de me adaptar à teoria que envolve a fotografia sem filme, com um manual que nunca mais acaba da Nikon Coolpix 4300, para conseguir captar algumas imagens decentes e guarda-las não só na retina na mente, mas também na memória do computador e no papel.

Apesar de todas as mudanças e metamorfoses que me tenho obrigado, algo não consigo alterar: a minha incapacidade de descanso propriamente dito. Ultimamente só paro quando os meus ossos já não se movem nas articulações ferrugenta e os músculos estão tão tensos que tremem.

Não sei se este meu ardor é permanente, mas o desgaste é preocupante. Mesmo durante férias sou incapaz de dormir mais de umas seis horitas, só passando esse valor quando tenho vários dias acumulados sem esse valor mínimo. Apesar de cansado, exausto mentalmente a minha mente fervilha, mesmo que desatenta. Estou permanentemente a Leste.

Não é um stress crónico, muito pelo contrário é um estado de vigília, do prazer de existir consciente, mesmo que as barreiras mentais e físicas já se tenham quebrado. Dou por mim só a adormecer apenas quando a hora tardia não me garante nenhum descanso susbtancial e já estou tonto de cansasso.
Acumulando todas essas horas infindáveis, de desgaste emocional e profissional, carrego às costas milhares de horas que deveria ter dormido. Tenho sono e estou cansado. Mas a vida tem pavio curto e por isso há a velha máxima:

descansarás quando estiveres morto.

Tinha decidido já há algum tempo ir a um festival de Verão e o de Paredes de Coura pareceu-me o mais apelativo. O problema que se colocava era o facto do dia mais interessante era a terça-feira à noite, algo terrivelmente incompatível para quem tem o seu ganha-pão de picar ponto.

Fiquei indeciso um par de semanas, mas finalmente decidi-me a ir. A medo tirei à última da hora um dia de férias graças a um bom relacionamento com o patrão. Eu e N. já havíamos sonhado um par de vezes com esse devaneio, proporcionou-se a ida com S. e um agradável Lisboeta que infelizmente não podia estar sujeito a muitos decibéis por motivos crónicos. Feitos à estrada voamos rumo ao norte, comigo o volante. Após um jantar simpático, eis nos a cair no recinto que eu não conhecia.

Chegamos tarde e P.J. Harvey fez com que apaixonasse ainda mais pela sua música. Inenterruptamente as suas músicas desprendiam-se superiores na actuação ao vivo impressionantemente supeiores a qualquer gravação com pós-produções. A verdadeira diva! Depois Placebo foi também bastante bom, embora só brilhassem verdadeiramente no final, em especial com o tema derradeiro e apoteótico “Were´s my Mind” muito fiel ao original dos Pixies.

O dia de descanso que se seguiu foi demasiadamente breve e fugidio, estendido na praia, e assediado pela presença da afável amiga colorida de outros tempos. Já não há cores, e é sempre bom rever amigos, mesmo que assediado em correntes simultâneas. Estive também com B. e Inspector P. Gostava de saber a que entidade divina devo agradecer por ter amizades duradouras que apesar de longos interregnos forçados se revitalizam tão fortes.

Ooooooh – stop

With your feet in the air and your head on the ground
Try this trick and spin it, yeah
Your head will collapse
But there’s nothing in it
And you’ll ask yourself

Where is my mind
Where is my mind
Where is my mind
Way out in the water
See it swimmin’

I was swimmin’ in the Carribean
Animals were hiding behind the rock
Except the little fish
But they told me, he swears
Tryin’ to talk to me to me to me

Where is my mind
Where is my mind
Where is my mind
Way out in the water
See it swimmin’ ?

With your feet in the air and your head on the ground
Try this trick and spin it, yeah
Your head will collapse
If there’s nothing in it
And you’ll ask yourself

Where is my mind
Where is my mind
Where is my mind
Ooooh
With your feet in the air and your head on the ground
Ooooh
Try this trick and spin it, yeah
Ooooh
Ooooh

Where is my mind – SURFER ROSA – Pixies

Um micro-dia de férias para recuperar do Paredes de Coura, polvilhado a praia, ida ao banco e ao barbeiro.
E agora sem Net.

Não percebo a violência. Em miúdo deparei-me com a adrenalina da força e da luta máscula e sentia nas veias um pulsar animalesco logo que era interpelado de forma mais provocatória. Basicamente agia instintivamente, tomando um papel que julgava ser honrando, tendo um corpanzil para isso entre os miúdos da minha idade.

Um dia, que a minha reputação de pequeno arruaceiro que não levava desaforos para casa, foi posta à prova, sendo manipulado por outros miúdos do liceu, espicaçando-me. Era apenas um galo de combate, ou melhor um garnisé. Pedi contas a um miúdo com mais dois anos que eu e provavelmente mais 5 ou 10 centímetros de altura. Levei de resposta um uper-cut bem inflingido, mas isso não me tocou verdadeiramente: apesar de eu ver estrelas não senti o sangue a jorrar-me pela boca enquanto a minha mão direita lhe apanhou a garganta. Julgo hoje essa loucura com tristeza, mas naquele momento seria capaz de o sufocar. Só a suplicas de desespero do adversário e a três ou quatro pacificadores que nos tentavam separar o larguei.

Não contente, passados alguns minutos um adversário ainda mais imponente veio interpelar-me. Empurrão e murros. Vou ao chão, levanto-me e de novo a fúria assassina. Desta vez tremi de raiva, possesso. Não estava sequer naquele local, apenas com rapidez letal procurei a garganta, ignorando pontapés e murros. Era um primata que num relâmpago agarrou novamente pela garganta a sua presa. Depois vi o desespero naquela face em que as carotidas eram esmagadas por uma força compressora motorizada a demência. Atónito parei.

Percebi que a violência era, e o que eu tinha de mais desumano: uma força irracional capaz de me destruir, num rasgo de escalada de descontrole furioso. A minha reputação instalou-se no liceu como simpático miúdo, capaz de virar uma fera assassina a quem ninguém deve provocar. Vacinado desta minha faceta negra, nunca mais fui solicitado para rixas, aprendendo uma importante lição da vida: somos humanos por opção e animais por essência.

Aprendi a controlar-me e a entender que a violência nada me dará, a não ser a minha própria derrota. Seja qual for o resultado de uma confrontação fisica prefiro ser um humano cobarde, do que um viril macaco corajoso.

Capeia antiga

Resolvi dedicar estes dias quentes do pino de Agosto para rever as minhas raízes e visitar os meus parentes, que revejo tão irregularmente. Não sou achacado a reuniões familiares, mas apetecia-me mesmo rever minha anciã avó, meus tios e principalmente meus primos, que há tantos anos não revia.

Fiz-me à horripilante estrada que serpenteia a Serra da Estrela, com uma tolerância zero invisivel, agora totalmente a monte, sem ter passado por um único carro da BT.

Cheguei à Raia, com reencontros emocionados, sangue de família a borbulhar, embora me sinta sempre algo incomodado algo este tipo de manifestações. Sou demasiado reservado e contido infelizmente, para ser alvo de atenção quando a intimidade não é assim tão profunda. Mesmo assim deu-me uma enorme alegria todos aqueles reencontros.

Logo fui encaminhado para a praça de touros onde a Capeia Arraiana das oito aldeias se ia desenrolar. A Capaia Arraiana é uma tradição de lide do touro muito estranha e particular, que mesmo remontar ao tempo dos Iberos, não se conhecendo tradições similares. Apesar de me desagradar o mau trato aos animais, sendo a Capaia uma corrida onde o animal enfrenta o homem numa espécie reminescente de ritual de mistificação, onde não há sangue, nem nenhum objecto de tortura.

A Capaia Arraiana é uma espécie de garraiada, mas que é antecidada pelo Forcão, um enorme triangulo em carvalho solido, com várias traves de sustentação que atravessam o triângulo e onde três toros sólidos, dois em forma de V nos lados desse triângulo e um na bissectriz do angulo interno desse V.

Na dianteira de cada extremidade do V existem as galhas, onde o touro se for bravo investe. Sustido em força por 20 a 30 rapazes solteiros da aldeia raiana, o objectivo é suster as investidas do touro, oferecendo-lhe as galas durante o embate, evitando a todo o custo que o bravo animal contorne o V ou levante o forcão atacando assim os desamparados homens do forcão. As manobras do pesado triângulo, exigem um esforço enorme em peso e coordenação e não mais de cinco minutos pode o forcão ser empunhado pelos valentes. O touro, acaba por estar também exausto, por vezes atordoado pelas marradas na madeira solida, é agora alvo de uma pega, depois de cuidadosamente pousado o forcão. Alguns mais corajosos tentam agarrar o touro pela cauda ou pela cernelha, mas raramente isso é possível.

É um espectáculo algo bizarro, mas realmente esta tradição popular muito singular, parece remontar a tempos esquecidos, dando um efeito onde se respira uma luta de honra e valor, mas principalmente um significado: a união dos homens pode vencer as forças da natureza.
O touro regressa vivo depois da corrida, e os bravos recontam depois na Raia a sua experiência as belas moças raianas.

Mas eu estava doido por sentir o Sol espreitando pelas colinas, mergulhando lá na Serra, deixando os vales dourados entre o pasto doirado e os pedregulhos granito grisalho revestidos por turfas de giestas. É um quadro de uma beleza que me estoura o coração. Sentindo vento do final da tarde, já poisadas as poeiras, sentindo os cheiro da terra agreste da Raia, brilhando sobe um céu azul, reconheci alguns tempos de meninice, assim como parte das minhas raízes feitas carne.

Creio que nenhum homem se pode conhecer, se não sentir que parte de si deriva das suas raízes ancestrais, embebida na cultura e valores. Em parte sinto-me beirão e tenho orgulho nisso.

Antony Quinn

A nossa fisionomia nem sempre pode estar dentro de padrões que consideramos medianos. Foi num jantar relâmpago, junto ao mais místico castro na costa portuguesa, numa tasquinha à antiga lusitana, que a conversa motorizada a Muralhas e afins, se encaminhou para os antepassados de cada um, baseados na nossa aparência.

Fui identificado como grego, algo que nunca me tinha apercebido, nem identifico com facilidade junto ao espelho. Serei eu um Zorba, o grego, de fisionomia pouco moçarabe como a maioria dos portugueses? Dizem que sim, embora eu talvez me visse mais na antiguidade clássica como fenício, uma vez que as chances de percorrer no meu sangue uma só gota grega são muito escassas. Nada de espartanos ou filosofos, antes comerciantes e navegantes.

Sendo N. um aparente escocês, mas nada avarento, C. de ascendências judaicas, S. seria faraónica. Bom e o coitado do delicioso polvo é que se danou, devorado naquele castro ancestral e lusitano.

Subsisto em grande parte por ter a graça do destino de me brindar com surpresas que me alegram a vida. Sem o antever, num momento ou outro, em que a minha alma se sente mais só, ou mais ansiosa por ardis do momento, sou abençoado por pequenos abalos que me sustentam e fortalecem.

As surpresas que me arremetem, das pessoas que amo e gosto, por vezes gestos simples ou palavras sinceras, por vezes actos generosos e altruístas ou carinhos abnegados, criam em mim uma forte alegria, fé na vitória e vontade de avançar.
Apesar dos desapontamentos que me flagelaram há uns bons meses, tive a sorte de ter anjos-da-guarda atentos que me fizeram um vigília voluntariosa e desinteressada, dando-me a força anímica para me fortalecer e reconstruir os espaços onde antes só haviam ruínas.

Como vigas mestras, essas singelas surpresas ajudam a manter erecto este singelo edifício que vou edificando. São elas cimento, tijolo e betão armado, que me reconfiguram no espaço e na forma.
É verdade que os meus arquitectos e engenheiros nunca se vão entender, na obra que é a minha essência quotidiana sem projecto no papel, nem alvará da Câmara Municipal. Talvez as fundações tenham sido refeitas demasiadas vezes devido às fragilidades anteriores, causando consideráveis atrasos e derrapagens orçamentais. Mas hoje o estaleiro já vai alto, e o fervilhar de obreiros não para.

O estaleiro está completamente anárquico e desorganizado pois sou um péssimo mestre de obras, mas sei que o meu engenho e perseverança conseguirão edificar um pujante e robusto edifício, capaz de suportar abalos sísmicos intensos. Toda a obra está suportada por estruturas sólidas da minha consciência, contando também com a ajuda de reforços e materiais pré-esforçados que sustentarão qualquer abobada megalómana que possa eventualmente decidir elevar. Por isso sei hoje que não serei mais uma Torre de Babel, sujeita à derrocada eminente e a divisão das vontades e línguas ou um gigante de pés-de-barro, sujeito à queda pelo seu próprio peso.

A cabeça estala, o estômago reclama. Anseio por uma retemperante brisa marinha e de meia-hora de silêncio em total comatose afundado nos meus ombros ao Sol.
Depois logo se vê. E estará Lua Cheia…

As minhas tardes de trabalho tem sido algo delirantes. Não sou, nem nunca serei um problem solver, pois não tenho ainda a calma e paciência de santo para gerir de forma mais ou menos sofisticada uma série de enigmas. Torna-se irritante deambular entre um número de incógnitas que vão crescendo à medida que vamos descobrindo mais variáveis. Como se o crime se adensasse à medida que conhecemos mais factos, que por sua vez soltam no ar mais questões por responder, num circuito vicioso.

No entanto dá-me algum prazer exercer um bocado a faceta inquisitória ao estilo metediço mas discreto de Hercule Poirot, mas infelizmente perco na impotência de não conseguir com toda aquela simplicidade desvendar aqueles terríveis mistérios tão deliciosamente britânicos da Agatha Christie. Esse desafio mostra-se esmagador para este detective de trazer por casa, pois os casos acumulam-se rapidamente e por cada vez que as células cinzentas vêem luz, outros dois estranhos desaparecimentos ou aparecimentos.

Seriamente eis-me a deambular com um caderninho nas mãos e a minha velha Palm para os cálculos e notas mais estranhas, tentado entender porque raios aqueles mastodontes de 120 kgs desapareceram, ou porque obra do diabo sobram aqueles geringonças cromadas. O local do crime fervilha de calor, envolto num mistério denso, e com personagens que usam demasiada diplomacia a responder ao meu pequeno inquérito. The perfect plot!

Estranho é sentir que às tantas desta vez o detective não tem a mais pequena pista e parece que todos os suspeitos tinham um alibi perfeito.
Só me falta o bigode meticulosamente retorcido e desvendar todos estes puzzles…

Sacré Bleu! Mon Dieu!