Março 2014

Não sei o que pensar sobre os tempos que correm. Já sou algo idoso para perceber que o tempo acaba sempre por nos ultrapassar e nos tornar obsoletos. Ficamos como peças anacrónicas desprovidas de utilidade num mundo que se actualiza e moderniza mais depressa do que conseguimos acompanhar.

Talvez ei não seja assim tão velho, mas sim um terrível pessimista que se deixa quebrantar por alterações do modus operandi. Talvez devesse investir no rejuvenescimento do software e instalar um sistema operativo mais recente, mais ajustado ao universo que me rodeia sem contudo perder a identidade intrínseca que me faz a essência.

Gosto de ser um ser pensante e não um mero condicionado pavloviano, e ajustado a um equilíbrio entre o quixotesco e o sancho panchismo, mas as condicionantes actuais fazem-me esconder numa carapaça com mesclas antagónicas de maquiavelismo e estoicismo.

Filosofias à parte trata-se de evoluir para sobreviver.