Ir até ao médico pode por vezes ser um desespero para mim. Não que tenha uma dessas fobias parvas, como o pavor a dentistas médicos ou hospitais.

Se tenho algo semelhante a pavor isso será em relação a esperar tempos esquecidos nos consultórios, rodeado de pessoas-ovelhas como é costume nestes locais.

O habitat ideal onde podemos observar uma grande concentração de pessoas-ovelhas é sem dúvida nos consultórios médicos. Estão mais dóceis que nunca. Olham com os seus olhitos receosos e aparentemente desinteressados, como que esperando a matança do rebanho.

Eu não… Apenas sinto o desconforto da espera, o fedor da paciência alheia e a minha revolta pelo karma e sentimento de impotência perante a impossibilidade de fazer um fast foward no controlo remoto da vida.

Tenho compaixão pelas pessoas-ovelha, mas estas fazem-me nojo. São previsíveis e simplórias. Doces mas demasiadamente servis. E o lobo anda aí!… Acho que todas as pessoas-ovelhas confiam num pastor fictício e nalguns cães pastores da vida. Não são capazes de abandonar do rebanho. Esse rebanho faz parte da sua protecção e por estranho que pareça, é esse rebanho a sua razão de existir.

Enfim, creio que sou uma ovelha desgarrada.

Sempre fui muito céptico e positivista. Contudo este fim-de-semana tive que rever o descrédito que dava à astrologia.

J. falara-me de Pete, um sujeito inglês muito afável que estava a viver na minha cidade, e que curiosamente é astrólogo amador.

Agora que Peter está sem emprego e se dedica a escrever um livro sobre os astros, decidi dar uma ajuda ao rapaz.
Confesso que fiquei curioso, já que J. ficara KO com a leitura milimétrica que lhe tinha feito…

Peixes com ascendência em Balança, com o que Pete chamou uma personalidade complexa com a antítese a 45° de Neptuno e Urano. Mas explicou porque essa dicotomia, e a par e passo descreveu a minha personalidade. Fiquei KO também.

Pior foi dizer com exactidão cronométrica (acertando mesmo nas semanas!) de eventos que me afectaram, que pelo bem, quer pelo mal, nos últimos anos.

Acho que acabei por saber mais sobre mim. E se muito que sinto esta assim escrito nos astros, de certa forma não me aflige tanto. Acabei por perceber melhor alguns dos meus defeitos e predicados.

Quanto ao futuro:

Vai-te embora Plutão!

Para quem estiver interessado, Pete faz a leitura por 25 ?, mas convém perceber bem inglês, pois o português do moço é algo incipiente. Mas dá direito aos mapas e também a uma cassete audio para se digerir mais tarde toda a explicação.

Deixo mail de Pete Watson a quem quiser marcar uma consulta…

Esta história de formatar computadores já trás água no bico. Depois de passar 15 dias a configurar o PC como eu gosto, a meter uma tonelada de bytes em software (sacado da net e logo crackado como deve ser), passado horas a tentar todas as minhas 300.000 passwords antigas dos 107 web$ervices que tenho, eis que o Windows dá tilt não recuperável dos backups que tenho.

format c: /a

Volta a estaca zero…

Depois a placa gráfica da problemas. E o sistema não faz upgrade.

format c: /a

Volta a estaca zero…

Assim fico psicótico… E sem poder escreveraqui!

Zil!!!

Não há musa inspiradora que aguente!

Faz bastante tempo que não escrevo! Mas tenho tido algumas razões para isso. Não é indesculpável de todo mas justifica a minha “ausência psicótica”.

  • Novas paixões,
  • novo computador (de *uta madre, e respectivas configurações intermináveis – afinal o XP é uma valente merda),
  • casa de praia lonqe de netcabos, ADSLs, SICs Radicais e afins
  • FÉRIAS versão 1 – com o M. e A. literalmente perdidos em España! – Fazendo o roteiro dos hostais, com muito Aseréje
  • Curso de Baleias voadoras com treino semi-militar, mas com contratempos climatéricos e avionetas ausentes,
  • FÉRIAS versão 2 – repouso absoluto a 200 mts da minha praia por uma semanita
  • FÉRIAS versão 3 – compadres stile em Mina da Juliana, no mais profundo Alentejo, entre Ferreira do Alenteio e a singela Beja.
    Ah Sopa de Cação, ah Gaspacho, ah Bolo de Ralo, ah queijinhos de Serpa, ah Coentrada… Que pecadilhos cometi que se converteram em uns kilitos extra… Piscina exterior, interior, banho turco, btt a assustar avestruzes, cavalos do picadeiro e uns touritos no monte!
    Gaijas!!! Gaijas!!! Gaijas!!!
  • Gripe e afins no regresso do guerreiro.

E assim foi… !

Gripe de 10 dias e ainda não estou bom… Depois da torneira nasal não parar e o corpo estalar todo com dores e suores frios ainda tenho mazelas. 🙁
Agora tenho acessos de catarro horrendos.

É o sindrome pos-férias!

Posto em breve 😛

10 notches
2860 KM
Coruña, Avila, Valencia, Salamanca
Ninas
Mediteraneo
follow that car
Horchata
Aserejé!!!

10 notches
Gran Via
Caña
Maria Pita
Paella
Iris Coffe
Playa
Bailando
Seos
Aserejé!!!

10 notches
Carmen Sui Geniris
Selar
Subnutridas
Pis-pis
Aquarela
Aragón
Guapas
Aserejé!!!

Mira lo que se avecina a la vuelta de la esquina
viene Diego rumbeando
con la luna en las pupilas
y su traje agua marina
va después de contrabando
Y donde mas no cabe un alma
Y se mete a darse caña
Poseído por el ritmo ragatanga
y el dj que lo conoce toca el himno de las 12
para Diego la canción más deseada
y la baila!!!
y la goza!!
y la cantaaaaaaaa!!!

aserejé ja deje
dejebe tu dejebe
deseri iowa a mavy
an de bugui an de güidibidi
a sereje ja deje
dejebe tu dejebe
deseri iowa a mavy
an de bugui an de güidibidi

no es cosa de brujería
que lo encuentre to los días
por donde voy caminando
Diego tiene chulería y ese punto de alegría
raftafari-afrogitano
Y donde mas no cabe un alma
Y se mete a darse caña
Poseído por el ritmo ragatanga
y el dj que lo conoce toca el himno de las 12
para Diego la canción más deseada
y la baila!!!
y la goza!!
y la cantaaaaaaaa!!!
asereje ja deje
dejebe tu dejebe
deseri iowa a mavy
an de bugui an de güidibidi
a sereje ja deje
dejebe tu dejebe
deseri iowa a mavy
an de bugui an de güidibidi
ananananana
ananana nananananana
anananananananananan
ahí ahí ahíiii ee ooo

1 ano

Parte IV- A batalha do alho porro

Os estragos acumulam-se ao longo das semanas. Tuda a minha ” TO DO LIST” privada está já pendurada e acumulado dezenas de entradas. Contudo se a preguça e o lamber das feridas me paralisam, não consigo dizer não a fazer parte de mais desacatos. A semana foi uma espécie de vazio existencial, como uma ponte entre duas margens.
Tentativas de apanhar Sol e afins. Sábado à noite recatado embora as meninas estivessem cheias de folia. E o mexicano estava uma cantina.

J. fazia anos e fiz um pequeno estágio no que se antevia uma grande noite. Mas nunca me poderia passar pela cabeça que pelo terceiro ano consecutivo teria uma das melhores noites da minha vida, justamente na noite doida mais longo.
Ofereci o holy grall a J. e fomos ao chinês.

Logo Car. e a vianense Lia lideraram a quimera desde o Amial até Miragaia onde adquirimos aquelas belas armas de guerra chamadas Alhos Porros. Rapidamente eu A. J. e M. formamos uma falange capaz de trespassar qualquer moçoila mais engraçada, chegando mesmo a acatar as ordem de Car. qual Alexandre Magno. Lia sorria extasiada com os hábitos latinos e os nossos esforóos patéticos para levantar um balão mostraram-se realmente patéticos. Pareciamos canalha, mas foi realmente divertido.

A batalha durou e os heróis que arduamente se bateram não bateram em retirada antes do bailarico dar sinais do seu fim. N. e Jo. também não faltaram, já como reincidentes. Até Chi e JB vieram de rompante.

Quanto ao S.João só me resta esperar pelo próximo ano. Tou viciado.

Os danos causados foram imensos e a mente mostrou-se corrompida. Felizmente até deu para ver o amanhecer no Douro, ali bem por detrás do Voice num daqueles sítios secretos que a cidade tem. Foi refrescante e enternecedor.

De sílabas de letras de fonemas
se faz a escrita. Não se faz um verso
Tem de correr no corpo dos poemas
o sangue das artérias do universo.Cada palavra há-de ser um grito.
Um murmúrio um gemido uma erecção
que transporte do humano ao infinito
a dor o fogo a flor a vibração.

A Poesia é de mel ou de cicuta?
Quando um poeta se interroga e escuta
ouve ternura luta espanto ou espasmo?

Ouve como quiser seja o que for
fazer poemas é escrever amor
a poesia o que tem de ser é orgasmo.

José Carlos Ary dos Santos

Parte III- Kitten versão 4 – Bild 62002

A tarde não se mostrava particularmente interessante. Apesar de estar na esplanada da minha praia a conspirar a noite com N. estava letárgico, como naqueles momentos em que se sabe que só se pode esperar.
Encontrei-me com os veteranos sobe o lema da visita do emigrante R..que partiu para a grande cidade. Os velhos senhores, entre os quais M. e J. faziam uma alegre cavaqueira em honra aos caídos como Ma. e cucaman.

Não se poderia prever nem descrever em palavras o que se seguiu. O jantar soberbo no TX só serviu de prenúncio para uma noite mágica e sem regras. I. dançava freneticamente no seu debut no kitten revelando-se a party girl que eu nunca imaginei que fosse. Mesmo quando a “gente gira” dominava o centro dos acontecimentos marcávamos presença aos apelos hipnóticos e revivalistas de kitten.
N. e Jo. renderam-se mutuamente numas tréguas de reconciliação que está a abrir caminho a uma nova empreitada. J. apesar do cansaço, sorria e pulava em êxtase. Dr.P até polvilhou um very-ligth quando já se fazia dia.

As nossas expectativas eram satisfeitas muito para além do recomendável.
De novo Domingo foi comatose total com danos evidentes a nível muscular, pulmonar e cerebral. Ainda tentei apanhar Sol, mas antes do lanche voltava a ressonar com inegáveis mazelas. Mas sem qualquer tipo de remorsos!

Parte II – As vaginas

E a semana passou-se. O dia do desaire nacional só podia pedir por uma boa peça de teatro. Monólogos da Vagina com Guida Maria, no Coliseu do Porto.

Assim no camarote com a I. pude assistir e aplaudir uma peça sobre a descoberta do corpo feminino e de como as próprias mulheres encaram a genisália. Embora o texto fosse americano, não era de todo americanoide – e com uma actriz perfeita para a peça – quer pela forma de ser, quer pela presença em palco. O resultado foi uma das melhores peças intimistas e sociais que já vi.

A feminilidade e simultaneamente o feminismo passam por uma redescoberta sem tabús da vagina. Uma evaginação da mulher num fortalecer da auto-estima do corpo, sem ser redutor da mulher em função do seu corpo. Admiravel!

Depois de nos despedirmos das meninas que tinham que ir estudar, eu e N. tivemos que procurar um restaurante que ainda nos servisse… tinha que ser um espanhol! E com muitas V… A coisas acabaram tarde no café do pretoe no dia seguinte antevia-se kitten no TX, que almejávamos há pelo menos um mês.

A preguiça, o cansaço, o stress – e as doces loucuras tem afastado esta alma penada das suas reflexões. Mesmo assim tento hoje repor alguns fotogramas das últimas semanas.

Parte I – Melros e Afins

O sol não cumpriu a sua promessa e mais uma vez não me pude deliciar de papo para o ar… S.Pedro este ano está um estupor verdadeiramente sádico. Durante a semana transporca-nos com calor insuportável e Sol e ao fim de semana toma lá céu nublado.

Algumas pontas soltas que ensombravam o trabalho quase me tiraram o sono. Eram rajadas de stress injectadas nas veias logo de manhã cedo e cujo efeito durava até as 7, altura em que o meu cérebro preferia jogar ao iô-iô emocional e recusava-se a desferir mais de que um pensamento de 5 kb por hora.

O sofá e a TV eram só um pronuncio para um adormecer rápido a ver uma treta qualquer… !! Take 2 ! Take 3! Take 4! Take 5! Que semana estúpida!

Em raiva o clube “Groumet” foi mudar de ares para o “Solar dos melros” mas não ficou convencido. Mesmo assim a conversa foi aprazível e até profunda. Não muito matcho e bastante sincera. E onde ir depois?

Surpresa das surpresas no TX – uma madrilena arrebentava a escala mostrando que kitten ñ estay solo.-Se Dr.P. não tivesse armado um esquema pouco próprio com umas chavalas, teríamos lá ficado muito para além das 5! E lá tivemos que ir até ao Estado Negro. Pra variar deixou o telemóvel no carro do N.! 

Domingo foi comatose total! Só me levantei quase quando o dia se punha… Felizmente havia o feriado. Conversa de café com M. em apuros com a tubagem (pobre moço). Gasto com os amigos… ou melhor aproveitado.

Escusado será dizer que sexta-feira a festa foi de outro tipo… Decididamente para os portugueses ”aficionados” foi um dia negro. Mas mais negra é a palhaçada e o mau perder que me embaraça como português…
Afinal no desporto é preciso fair play, algo que o povinho português não consegue assimilar. Os jogadores jogaram mal, o treinador teve falhas e pior que tudo as expectativas eram demasiado altas.

Depois há a cisma do bode expiatório atribuindo as culpas a alguém em particular…
Como diriam certos velhos do Restelo – ”é por essas e por outras que este pais não vai para a frente”…

Muqueca

Verdade seja dita que os meus ossos hoje estão meios partidos, e que a minha cabeça parece que vai estourar, ao estilo de estar a dar um concerto de uma banda chamada “Acidente genético” ou “Thor’s metal” com o meu craneo como palco.

Aquilo que nuestros ermanos chamam, e bem, «rota del bacalau» é uma armadilha a que é difícil resistir. Durante a semana dá-se no duro mas ao fim-de-semana é uma festa pegada. E depois o corpo é que paga!

Para piorar as coisas 4ª à noite – véspera de feriado – deu mens drink night acabando eu e o Dr. P. a deambular nos piores buracos nocturnos da cidade. Sexta-feira foi dia de repasto no Oxalá com muqueca de gambas na companhia de N, que também se recente de chatices no trabalho. N. raramente é um inconformado mas estava triste e fora de si. Creio que se tomou conta da primeira experiência de injustiça laboral. Algo que eu tive uma grande escola no Passado, para dar e vender, e até para fazer um compendio, ou um anexo de actualização ao “Príncipe” de Maquiavel. Até vi Chi. para recordar isso.

Mesmo assim deu para passar uns momentos com M. J, e A. na galhofa. E no Trivial! 🙂
Escusado será dizer que sábado, apesar da boa companhia não estava capaz de animar para uma noitada, nem às custas de estimulação eléctrica

Agora, a porra do aumento do IVA está a transformar em correria e barafunda o exército de retardatários que querem fazer as ultimas “comprinhas” antes da cartuchada dos 2% extra…

O club “bom garfo de sábado“, tem tido momentos de requinte que ficaram para a história, e está a angariar cada vez mais sócios. Desta vez N. como sócio fundador – titulo que partilha comigo – convidou algumas individualidades importantes – uma espécie de convidados surpresa… para mim.
Nunca imaginaria durante uma tarde refastelado ao Sol, que toda a companhia e folia incluída no pacote iria levar nessa noite

A vida é uma roleta russa. De facto ou há só um clique do percursor ou os nossos miolos ficam espalhados pela parede num espectáculo de som e cor. Ou se passa fome ou se tem uma panela de cozido à portuguesa.
Daí que dos 8 para pato, 3 teriam de ser encontros imediatos de 13º grau com direito a suores frios, arrepios na espinha e tonturas . Não que fosse mau. As circunstâncias é que me fizeram sentir como um bombeiro voluntário a atacar 3 frentes de incêndio ao mesmo tempo

S. é esplendorosa e exuberante mas muito afável. I. é amorosa e delicada. L. é ternurenta e gentil. Eis os ingredientes perfeitos para um cocktail Molotov de emoções que me torturaram.
1/100000 para que se encontrassem é mesma mesa.
E como se não bastasse N. e Dr. P. estavam lhe a dar e arrastaram-me para os estragos… Pior da noite foi quando apesar de estar a dar uma de chefe da corporação de Sapadores de Bombeiros antes de ir para o talho – o Dr. P. saiu-se com a de que “gostava de ti para cunhado” e logo eu, que não tenho irmãs casadoiras!!!…
Bolas… Na minha vida quando chove, é logo dilúvio.